Há três tipos de paciência:
1. A paciência da não-retaliação. Quando somos prejudicados pelos outros, seja fisica ou mentalmente, não devemos reagir raivosamente ou feri-los em retaliação.
2. A paciência de aceitar o sofrimento. Quando sofremos, apontamos para alguém ou algo fora de nós mesmos como sendo a causa. A razão imediata para nosso sofrimento pode ser algo externo, mas a causa profunda subjacente é o nosso próprio carma, que é [fruto] da nossa própria ação. Os frutos de nossas ações têm que retornar a nós. Se uma pessoa nos apunhala com uma faca, esta ofensa tinha que nos acontecer. Não podemos apontar para alguém fora de nós mesmos como sendo a causa. Este modo de pensar reduz o poder do sofrimento sobre nós. Temos que começar praticando paciência com sofrimentos muito pequenos; depois seremos capazes de ser pacientes com sofrimentos muito grandes. Por ter praticado a perfeição da paciência, um bodhisattva pode resistir a qualquer sofrimento que seja em prol dos seres. Se caminhamos ao longo de um caminho muito acidentado, é impossível remover todas as pedras do caminho, mas sapatos resistentes podem nos proteger de todos os ferimentos possíveis.
3. A paciência de manter a concentração. O terceiro tipo de paciência é a de manter a concentração durante a meditação, ou em qualquer tópico relacionado ao Dharma, sem permitir ser influenciado por distrações prejudiciais à prática.