Todos os problemas do mundo, incluindo o coronavírus, estão nos dizendo para praticar o dharma – Shiwa Lha – Centro de Estudos do Budismo Tibetano

Todos os problemas do mundo, incluindo o coronavírus, estão nos dizendo para praticar o dharma

Lama Zopa Rinpoche continua seus vídeos de ensinamentos do Mosteiro de Kopan, no Nepal, durante a pandemia de coronavírus:

Este vídeo começa com Losang Namgyal Rinpoche compartilhando alguns pensamentos sobre este momento difícil por causa do coronavírus. Ele sugere que não apenas precisamos permanecer seguros e saudáveis, mas deveríamos nos lembrar que temos esse precioso renascimento humano. Também devemos lembrar da impermanência e do karma, e isso nos ajudará a vencer este momento difícil. Ele nos lembra do incrível serviço oferecido por profissionais de saúde em todo o mundo que merecem nosso grande respeito e bom coração. E para aqueles que estão doentes com esse vírus, devemos ter muita compaixão.

EM ESPANHOL

Lama Zopa Rinpoche começa seu ensinamento discutindo sobre quantas pessoas morreram por causa do coronavírus nos Estados Unidos. Ele então explica que pessoas de todo o mundo morrerão – por doença, fome, guerra, assassinatos, etc. De fato, o mundo inteiro terminará mais cedo ou mais tarde e tudo o que cresceu ou foi construído, terminará um dia. Essa é a natureza da impermanência.

Rinpoche diz que esse vírus deve nos fazer pensar mais sobre carma. O vírus, e o mundo inteiro existente, tudo isso veio da mente. Porque tudo vem da mente, como parar o sofrimento também vem da mente. Rinpoche explica que há o sofrimento individual, mas também existem problemas mundiais, chamados de carma coletivo. No budismo, você pode parar o sofrimento e criar felicidade. Nós podemos fazer isso entendendo, aprendendo e ouvindo um professor perfeito. Então, refletindo e meditando, nós podemos realizar o caminho. Sua mente se torna o caminho para superar os oceanos de sofrimentos no samsara, incluindo o vírus, que é apenas uma coisa, um sofrimento.

No Ocidente, estamos sempre nos distraindo do sofrimento da morte. Mas quando chega, temos que experimentá-lo. Se você não conheceu o Dharma, você não quer pensar sobre isso e, quando o faz, seus pensamentos são apenas de medo. Não há um método ou preparação, apenas medo. Então, você o ignora.

Mesmo que nunca desejemos nos separar daquilo que nos traz conforto – incluindo nossa família, roupas, dinheiro e bens – no momento da morte estaremos definitivamente separados de tudo o que desfrutamos. Essas coisas nos enganam, e temos que desistir delas na hora da morte.

O que esse vírus está nos dizendo é que devemos praticar o Dharma. O vírus surgiu da mente. Mas a mente também cria felicidade, lembra Rinpoche, não apenas sofrimento. Uma mente positiva cria felicidade. Praticar o Dharma significa cultivar uma mente feliz. Os ensinamentos de Buda nos convencem a superar o sofrimento. Não apenas esse vírus, mas todo tipo de sofrimento – incluindo o sofrimento da morte, o sofrimento do renascimento, o sofrimento da velhice, o sofrimento da doença e o sofrimento da dor. Os ensinamentos de Buda também nos libertam do sofrimento da mudança dos prazeres samsáricos, que no final, se tornam o sofrimento da dor. Desde renascimentos sem princípio até agora, não tivemos sequer um segundo sem sofrimento. Desde o nascimento, surge o sofrimento da dor e, depois, o sofrimento da mudança surge.

Todos os problemas do mundo estão nos dando instruções para praticar o Dharma, meditar. Por meditação, Rinpoche se refere a tornar a mente mais familiarizada com a virtude, a causa da felicidade – tornar a mente o caminho para a iluminação.

Concluindo, Rinpoche dá alguns conselhos sobre o que fazer se perdermos nosso coração valente, nos sentirmos fracos, perdermos entusiasmo em trabalhar para os outros, ficarmos preguiçosos ou ficarmos deprimidos: lembre-se da bodichita. Isso transformará a nossa vida.

Rinpoche então realiza uma poderosa dedicação para realizar a bodhichitta, com orações pelos enfermos e pelos que morreram, para que Lama Tsongkhapa seja nosso guru direto em todas as vidas futuras, e para cultivar a atitude do bodhisattva de usar nossa própria vida para beneficiar os outros, para considerar a todos os seres sencientes como os mais preciosos.

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